Quando
decidir andarilhar pela cidade, os olhos ardiam e a neblina ainda escorria no
céu. Eu não sabia muito bem o que poderia encontrar, mais fui, porque fazia
tempo que eu queria fotografar o cotidiano dos sujeitos do centro da cidade.
Antes de ir,
vesti-me da única prescrição: Olhar devagar os pequenos detalhes do lugar, e
perceber, o que os meus olhos ainda não haviam notados de uma maneira
singular...
De cara, as
primeiras impressões. A cidade tem uma dinâmica única, que conforme o correr
das horas, a metamorfose emerge e aflora. E como aflora!
De manhã, as
pessoas passam, correm, vão de um lado para outro nessa vida intensa e agitada
e quase não sobra tempo para se olharem nos olhos, cumprimentar o outro,
desejar bom dia....
Por entre as
ruas do centro, vi dualidades se contrapondo, ouvir sussurros, sorriso
saudosista, presenciei trabalhadores nas primeiras horas do dia, caminhando,
pedalando pelas vielas de concreto, e eu só queria saber para onde iriam...
Olhar
devagar quem me olhava rápido, me fez compreender que há sempre algo novo,
esperando para ser descoberto. Que há beleza em dias nublados e acordar cedo
nem sempre é tão ruim...
Tenho
descoberto, que coisas incrÃveis acontecem, sempre quando nos predispomos a ir, peito
aberto e coração acessÃvel ao encontro com o outro ♥